O objetivo central da campanha é persuadir os eleitores. Atenção! Persuadir os eleitores a votar em você, não é a concordarem com você em todas as suas posições.
O candidato encontra-se tão
condicionado a ser persuasivo, a convencer pessoas, que, por vezes,
"exagera na dose", e tenta, por todas as maneiras, conquistar o
eleitor para todas as suas teses.
Não tendo como avaliar o grau de importância que o eleitor atribui àquela questão, teme perdê-lo, assim como os outros que pensam da mesma maneira, se não conseguir mudar a sua opinião.
O resultado é que o candidato
acaba polemizando com o eleitor na frente dos outros, as diferenças, cada vez
mais, aprofundam-se e o candidato corre o risco de ser percebido como
antipático, dogmático e intransigente.
Este é um erro muito comum em campanhas.
Costuma ocorrer em ocasiões nas quais o candidato conversa com eleitores, ou faz uma palestra/apresentação em que perguntas lhe são dirigidas.
A menos que se trate de um eleitor do adversário fazendo uma provocação, ou que a questão seja absolutamente central para a candidatura e sua mensagem, o candidato deve respeitar a opinião contrária, minimizar a divergência, e retornar às questões onde há concordância, e acentuá-las.
Política para políticos (Francisco Ferraz)
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