Baixos salários, falta de progressão na carreira e reflexos de problemas sociais dentro da escola tornam pouco atrativa uma profissão essencial para o desenvolvimento do país: a de professor. A última estimativa divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) dá conta de que faltem 170 mil docentes nos níveis fundamental e médio no país. Porém, mesmo quando estão nas salas de aula, muitos deles não têm a qualificação necessária para a formação dos estudantes, principalmente na área de exatas, para disciplinas como matemática, física e química. Especialistas alertam que não só os baixos salários tornam a docência menos atraente. Além da remuneração, faltam planos de carreira e ainda é preciso lidar com questões como desagregação familiar e agressões em sala de aula, que extrapolam o âmbito da educação. “Vemos um crescente desinteresse pelas áreas de licenciatura e pedagogia. Paga-se mal e as condições são péssimas. Por isso, as pessoas vão para outras carreiras”, diz Fernando K