A máxima televisiva “esta é uma obra de ficção e qualquer semelhança com nomes, fatos ou acontecimentos terá sido mera coincidência” deve ser seguida à risca para a minissérie globalO Brado Retumbante, que estreou na terça-feira (17/01/2012). Mas é impossível ficar imune a tantas referências com a realidade. Mesmo quando disfarçada de um “Brasil fictício”, ao que a atração se propõe – em que, por exemplo, a sede do governo foi transferida de Brasília de volta para o Rio de Janeiro. A TV brasileira já apresentou várias críticas ao Governo e governantes de nosso país, recheadas de metáforas com a realidade – O Salvador da Pátria, Que Rei Sou Eu?, Vale Tudo, O Bem Amado, Roque Santeiro, O Rei do Gado. Mas nunca se escancarou tanto uma realidade disfarçada de ficção como na trama de O Brado Retumbante, com personagens tão parecidos com os da vida real, em aparência ou atitudes – como os políticos e jornalistas que cercam o presidente protagonista. O produto final é de uma qualidade inque