Dar o peixe ou ensinar a pescar? Esse é um falso paradoxo, pois diante de problemas sociais tão complexos não bastam soluções simplistas, não cabe a escolha entre duas opções, é necessário assumir uma política de transferência de renda para impedir, de forma estratégica, os processos de desintegração dos ambientes familiares e consequentemente da sociedade. Assistencialismo, filantropia são válidos em situações de desespero, pobreza extrema, mas criam dependência e reduzem a auto-estima. E, uma cesta básica, alguns litros de leite e poucos reais por mês não transformam a realidade de uma família carente. A educação é fator determinante para promover a mudança deste quadro. É preciso atacar as causas e não apenas fornecer soluções imediatistas. Ensinar a pescar é oferecer educação, emprego de qualidade, estimular o cooperativismo e o micro crédito, é libertar das humilhações das “esmolas”. Essas oportunidades valem muito mais do que qualquer doação, porque servem como subsídios para que