A descoberta de que talvez o mosquito Aedes aegypti não seja o principal vetor de propagação do vírus Zika e de que a disseminação por contato sexual é mais comum do que anteriormente pensado colocam em xeque tudo o que já era sabido sobre o zika. Pelo menos é o disseram cientistas e autoridades de saúde presentes na reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra nesta semana. “É o Aedes o único vetor? Bem, posso lhe dizer que os cientistas do mundo começam a se fazer perguntas”, disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan. “Pode ser uma outra espécie que está causando isso? Nesse momento isso são lacunas científicas. Precisamos continuar a encontrar evidências e não temos respostas definitivas ainda.” As dúvidas sobre o papel do Aedes ganharam ressonância na comunidade científica com dois estudos brasileiros divulgados na última semana que apontam para o possível envolvimento de outros vetores na propagação rápida do Zika. O primeiro estudo, uma parceria do Insti