O aplicativo de troca de
mensagens Telegram conseguiu reverter, em 20 de março, uma ordem de bloqueio no
Brasil ao se comprometer com uma série de medidas para evitar a propagação de
fake news. Entre as promessas assumidas pela empresa estava o monitoramento dos
cem canais mais populares no país.
Uma análise feita pelo O Globo,
contudo, mostra que, mais de um mês depois, parte dessas contas que estão entre
as mais acessadas no país continua a abrigar postagens com desinformações
relacionadas às eleições, à vacina contra a Covid-19 e ao uso de máscara.
A suspensão do Telegram havia
sido determinada dois dias antes pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), a pedido da Polícia Federal, após a empresa driblar uma
série de ordens judiciais para a exclusão de conteúdos considerados
irregulares.
A plataforma, com sede em Dubai,
nos Emirados Árabes, também vinha ignorando tentativas de contatos do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) para que colaborasse com o programa de combate à
desinformação nas eleições deste ano. Após a ordem de bloqueio, muita coisa
mudou, mas não tudo.
A primeira providência da empresa
foi escalar um escritório de advocacia de São Paulo para representá-la no
Brasil. Assim, a Justiça brasileira agora tem um endereço para o qual envia
ordens judiciais. Também assinou um documento com o TSE se comprometendo a
adotar medidas para combater fake news eleitorais. Até hoje, porém, o acordo
não foi concretizado, e a plataforma não apresentou à Corte o que de fato será
feito.
Fonte: O Globo
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