Anos após anos o brasileiro
espera encontrar um verdadeiro salvador da Pátria. Seja essa Pátria de qualquer
esfera: Municipal, Estadual ou Federal.
Esse propenso “salvador” deveria
vir de quem assume os cargos majoritários em cada esfera.
Mas, o analfabetismo político conspira
para outro lado. Partindo do princípio que o motivo dos panelaços nunca foi
combate à corrupção, fica fácil demais afirmar que o desejo de manter o abismo
social é a grande bandeira daqueles que vociferam por justiça.
Independente do desfecho do
quadro político brasileiro, ainda que saibamos não haver desfecho: Vivemos numa
sociedade desnudada em seu preconceito e desconhecimento.
Decididamente, quem tem o egoísmo
correndo pelas veias, jamais aceitarão que através da "meritocracia"
os malnascidos obtenham vitórias a partir da primeira porta que o governo lhes
abrir.
Curioso que muitos dos “salvadores
das Pátrias” se camuflaram nas
procissões da Semana Santa (e outras), como devotos de Nossa Senhora, de
joelhos nas missas de um domingo e nos
cultos no próximo. Ali exaltaram as ações d'Aquele que partilhou o alimento;
ofereceu conforto aos oprimidos; resgatou a dignidade dos excluídos e denunciou
a opressão. Preocupados em caprichar nos brados de amém, seriam incapazes de
admitir que gritariam por Barrabás se naquele julgamento estivessem.
Ademais, pobre bom é o pobre da
Bíblia. Nada melhor que me sensibilizar com quem sofre a uma distância de dois
mil anos de mim. Para esses eu lanço uma moeda na sacola das ofertas com a
singela preocupação que meu vizinho (de preferencia eleitor) ouça o seu tilintar.
Enfim, esqueçamos a retórica de
povo solidário e acolhedor.
As feras já mostraram suas garras
e aumentaram seus rugidos.
A melhor vitória pertence àqueles
que não se envergonham de dizer às gerações futuras o exato lado que escolheu.
É veementemente desnecessário exaltar como um “Deus” meros colocadores de lâmpadas e demais acessórios..
Não é possível exaltar políticos
com o que é feito com o dinheiro do contribuinte. Não sejam bobos.
Eles nos devolvem em prestações o
que nós ( população) pagamos a vista.
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