Um
estudo brasileiro publicado na revista The Lancet – Infectious Diseases mostra
novas evidências de que as pessoas que já tiveram Covid-19 e se vacinam
adquirem mais proteção contra novos quadros sintomáticos, hospitalizações e
mortes.
A
pesquisa, conduzida por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
descobriu que todas as quatro vacinas disponíveis no país – Pfizer,
AstraZeneca, Coronavac e Janssen – oferecem proteção adicional significativa
para pessoas que tiveram Covid em um prazo de até três meses. A avaliação da
resposta imunológica começou a ser feita 14 dias após a aplicação da segunda dose.
Os
cientistas analisaram dados de 213.457 pessoas que tiveram doença sintomática
entre 24 de fevereiro de 2020 e 11 de novembro de 2021.
A
“imunidade híbrida” – como é chamada a resposta imunológica adquirida via
vacinas e infecção – foi melhor entre os vacinados com Pfizer e AstraZeneca,
com proteção de 90% contra hospitalização ou morte 14 dias ou mais dias após a
segunda dose. A Coronavac apresentou proteção de 81,3% e a Janssen de 57,7%.
A
eficácia da vacina contra infecção sintomática foi mais baixa, sendo 64,8% para
Pfizer, 56% para AstraZeneca, 44% para Janssen e 39,4% para Coronavac.
“Todas
as quatro vacinas conferiram proteção adicional contra infecções sintomáticas e
desfechos graves entre indivíduos com infecção prévia por Sars-CoV-2. O
fornecimento de uma série completa de vacinas para indivíduos após a
recuperação do Covid-19 pode reduzir a morbidade e a mortalidade”, escreveram
os autores do estudo no artigo publicado na The Lancet.
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