Segundo o site da fetamce, prefeitos e
governadores não precisam de Nota Oficial do Ministério da Educação (MEC) para
aplicar o reajuste de 33,23% nos contracheques do magistério de estados, DF e
municípios já a partir de primeiro deste mês de janeiro. A Nota do MEC
tornou-se apenas uma tradição, não uma obrigatoriedade legal.
O fato é que todo o rito oficial,
conforme a Lei Federal do Piso Nacional do Magistério – Nº 11.738/2008 – já foi
cumprido. A correção deste ano é extraída de portarias interministeriais nº 3,
de 25.11.2020 e nº 10, de 20.12.2021. Além disso, a recente portaria ME/MEC nº
11 não altera para mais ou para menos o percentual anunciado de 33,23%.
Perguntas e respostas mais frequentes:
Prefeitos e governadores já podem começar a pagar o reajuste de 33,23% ao magistério, mesmo sem Nota Oficial do MEC?
Sim, esse reajuste é para ser
aplicado logo no dia primeiro de janeiro. A Nota do MEC é apenas uma tradição,
não uma imposição legal. O que define a correção salarial é o “crescimento
percentual do valor aluno ano do ensino fundamental urbano (atual VAAF) de dois
anos anteriores, observando-se as últimas portarias do custo aluno de cada
ano”, tal como reza a Lei Federal 11.738/2008 e de acordo com o parecer nº
36/2009, da Advocacia Geral da União. Isto já está definido e não depende de
confirmação em Nota Oficial posterior, embora se espere que seja divulgada o
mais rápido possível.
Como é feito o cálculo para se
chegar a 33,23%?
O percentual é resultado da diferença entre o valor do Custo Aluno de 2021 ano em comparação com o de 2020. Assim, temos:
Custo Aluno de 2020: R$ 3.349,56.
Custo Aluno de 2021: R$ 4.462,83.
Crescimento de 2021 em relação a
2020: 33,23%.
Percentual a ser aplicado em
janeiro de 2022 para o magistério: 33,23%.
Quem tem direito?
Professores e quem exerce
atividade de apoio pedagógico à docência: direção ou administração,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais,
exercidas no âmbito das unidades escolares da educação básica e outros setores
das redes de ensino, em suas diversas etapas e modalidades. Técnicos
administrativos não têm direito.
Qual a carga horária?
O piso é para jornada de no
máximo 40 horas semanais. Quem tem jornada inferior, recebe proporcional. O
mesmo critério vale para quem tem jornada acima de 40h, isto é, recebe
proporcional, a mais.
A lei do piso trata da jornada extraclasse do professor?
Sim. Texto da lei reza que, no mínimo, 1/3 da jornada semanal do professor dever ser usado para atividades extraclasse, como elaborar e corrigir provas, planejar, participar de reuniões etc. Isto, na prática, significa menos aula em sala para o docente, conforme tabela abaixo.
Aposentado e pensionista têm direito?
Sim. O artigo 2º, parágrafo 5º,
da Lei nº 11.738 garante também o piso para aposentados e pensionistas.
E os professores temporários?
Os temporários também têm
direito. A única condição para ter direito ao piso salarial é a formação mínima
em nível médio, na modalidade Normal. A lei não distingue tipos de vínculo de
trabalho com a administração pública.
Governos são obrigados a pagar?
Sim, lei do piso foi considerada
constitucional pelo STF em janeiro de 2013 e tem efeito erga omnes, ou seja,
prefeitos e governadores são obrigados a cumprir, tanto em relação ao reajuste
anual do salário, quanto na questão da jornada extraclasse.
De onde vêm os recursos?
O dinheiro para pagar o piso vem
do Fundeb e do mínimo constitucional de 25% que estados, DF e municípios têm de
investir na educação.
Após o anúncio, veja dados do Banco do Brasil que revelam crescimento de recursos repassados aos entes da federação. Não há, portanto, desculpas para não cumprir o reajuste confirmado.
Com informações do Dever de
Classe
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