O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE/RN) mantém sua posição intransigente em defesa do direito à vida, conforme estampa em sua Campanha Educacional e Salarial deste ano. Por isso, reafirma que as aulas presenciais, sobretudo na rede pública, só devem ser retomadas após a vacinação em massa da população potiguar. Além disso, cobra das autoridades a inclusão dos trabalhadores em educação nos grupos prioritários que devem primeiro receber o imunizante de prevenção à Covid-19.
Todos sabem, ou deveriam saber, que o momento é grave, exigindo união, prudência, sensibilidade e empatia. Nesta segunda-feira (05 de abril), segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, o RN estava com 97,1% dos seus leitos de Covid ocupados e somava mais de 4.600 mortes. Hoje, o Brasil já ultrapassou a triste marca de 330 mil vidas perdidas. Ao mesmo tempo novas variantes do covoravírus se espalham pelo país enquanto vários hospitais clamam por kits intubação, cilindros de oxigênio, mais UTIs e profissionais para dar conta da demanda. Esta claro que a falta de coordenação nacional no combate à doença por causa da postura negacionista do Presidente da República torna tudo mais difícil e trágico.
Assim, diante dos fatos comprovados pelos altos índices de contaminações, internações, infectados no RN e em todo o Brasil, bem como escassez de tudo, não há razão para relaxar. Embora a educação seja um direito fundamental, conforme diz a nossa Constituição Federal de 1988, é plenamente possível adaptá-la aos novos tempos. E assim vem sendo feito desde março de 2020. De lá para cá, apesar das dificuldades, professores se doaram e estão realizando aulas virtuais. Embora os problemas existam, os conteúdos têm sido ofertados aos estudantes. Com prejuízos, claro, pois nenhuma área escapou dos efeitos destruidores da pandemia. Mas antes de mais nada, para que ninguém se esqueça, qualquer prejuízo pode ser revertido em um futuro breve, pois tudo isso vai passar. No entanto, se expor agora a um vírus perigosamente mortal não vai resolver nenhum problema, tampouco o da educação. E a vida, caso se perca, não pode ser recuperada.
Por tudo isso, reafirmamos que não aceitaremos o retorno às aulas neste momento. Pedimos que o Ministério Público do RN (MP/RN), que acionou à Justiça, reveja sua posição e compreenda a realidade. Até mesmo porque os trabalhos no Ministério seguem em formato remoto, possibilitando aos profissionais trabalhar em casa, com segurança.
SINTE/RN
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