Como se toda população do Brasil já tivesse sido testada.
O Ministério da Saúde tenta doar parte dos cerca de 5 milhões de testes para detecção da covid encalhados em um armazém federal e que vencem a partir de abril. Num esforço de reduzir o estoque e evitar mais desgaste à imagem do general Eduardo Pazuello, chefe da pasta, o governo pretende entregar ao Haiti um 1 milhão desses exames. Outro lote foi oferecido a hospitais filantrópicos e Santas Casas, que devem recusar.
Como o Estadão revelou em novembro, o ministério guardava 7,1 milhões de exames do tipo RT-PCR, o mais indicado para diagnóstico da doença, e a maior parte (96%) teria de ir ao lixo entre dezembro e janeiro. O produto ganhou mais 4 meses de validade e 2,1 milhões de exames foram entregues até agora, mas a gestão de Pazuello continua com dificuldade para consumir o estoque.
O processo de detecção da
doença exige também a disponibilidade de cotonetes swab, tubos coletores,
reagentes de extração do RNA e outros insumos que nem sequer o Brasil conseguiu
comprar em grande escala. Uma equipe de Pazuello está em Porto Príncipe para
negociar a entrega e avaliar se o país tem condições de receber o material.
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