Em religião e política as
crenças e convicções das pessoas são, na maioria das vezes, adquiridas de
segunda-mão, e sem examinação, de autoridades as quais elas mesmas não
examinaram a questão a fundo mas as adquiriram também de segunda-mão de outros
não-examinadores, cujas opiniões sobre elas não valem de nada.
Por isso, em matéria de crença religiosa, política, toda contestação é inútil.
Discutir racionalmente com outro uma opinião de origem afetiva ou mística só terá como resultado exaltá-lo, salvo quando ela chegou a um grau de enfraquecimento tal que a sua força inteiramente se dissipou.
Mas não é a falta de convencimento ou o afastamento da política que irá resolver os problemas sociais que enfrentamos.
As pessoas que, desgostosas e decepcionadas, não querem ouvir falar em política, recusam-se a participar de atividades sociais que possam ter finalidade ou cunho políticos, afastam-se de tudo quanto lembre atividades políticas, mesmo tais pessoas, com seu isolamento e sua recusa, estão fazendo política, pois estão deixando que as coisas fiquem como estão e, portanto, que a política existente continue tal qual é.
A apatia social é, pois, uma forma passiva de fazer política.
A política é um “mal” necessário para que o regime democrático continue a existir o que deve ser mudado é a óptica do eleitor em enxergar os políticos e a conduta na opção da escolha.
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