Em um país marcado por profundas desigualdades, o surgimento da discussão sobre os “discursos de ódio” acabou passando ao largo dos elementos de raça, classe, religião, gênero e acontecendo em razão de uma acirrada disputa política.
É lamentável e repudiante ouvir de um político que o objetivo maior em uma disputa é derrotar desafetos que se acumularam na vida pública. Onde o lógico era se ouvir que o principal objetivo da disputa é a proposta de governo, a ideológica a ser implementada na gestão, o confronto de idéias e principalmente o bem estar da população.
Quando um político vem a publico declarar seu desejo de vingança sendo o maior propósito de derrotar seus ex-aliados é assumir para a população que o bem comum está em segundo ou terceiro plano.
Não podemos esquecer que foi utilizando o referencial histórico de discurso de ódio que abriu o caminho para a violência de massa, como o Holocausto, o Genocídio de Ruanda e o surgimento do Estado Islâmico...
Em 2020 temos eleições municipais e está nítido que o ódio se transformou num ingrediente perigoso e perverso contra a democracia. Neste diapasão, candidatos que, paradoxalmente, “negam a política” buscam se eleger utilizando o “ódio como política”. Necessário salientar que a demonização da política atinge a neófita democracia brasileira.
Eleitor fique atendo no discurso e a postura de seu candidato, pois com disse Maquiável, O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.
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