A Covid-19 vem causando uma
verdadeira devastação nos sistemas de saúde, mas também nas economias do mundo
inteiro. Os reflexos na política são inevitáveis, uma vez que a agenda de
muitos governantes se tornou refém do vírus, colocando em risco seus projetos
políticos e de poder.
Fato é que o mundo vive uma guinada populista à direta nos últimos tempos. Longe do liberalismo conservador tradicional da centro direita europeia ou mesmo da visão tradicional dos republicanos nos Estados Unidos, este populismo pode começar a sucumbir diante da crise econômica gerada pela pandemia.
Está ficando claro que a polarização política ao redor do mundo não entregou resultados palpáveis especialmente diante da pandemia e que governos centristas democráticos tem conseguido entregar melhor gestão da crise, além de resultados mais consistentes, preservando vidas, que serão essenciais na retomada da economia. Na Alemanha esta tem sido a tônica, assim como no Reino Unido, que mudou de postura após uma fase negacionista.
É preciso escolher exercer liderança, ao invés de distração política, para colher resultados diante desta grave crise. Diante disso, talvez um dos principais resultados políticos deste período seja o realinhamento de forças por meio do voto, mantendo governos de caráter mais técnico e centristas. Como ao final da uma guerra, quando emergem grande alianças, ao final desta pandemia, governos que tomaram decisões técnicas ao invés de populismo serão os que entrarão para História e os populistas no esquecimento.
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