Organização, mobilização, solidariedade... , Essas são apenas algumas das diversas qualidades que podem ser atribuídas a greve dos caminhoneiros no Brasil.
Estamos presenciando um
verdadeiro show e por que não dizer, numa linguagem futebolística, “dando um
chocolate” nas mobilizações organizadas pelos sindicatos ligados a centrais
voltados a defender partidos políticos.
Podemos citar com exemplo, e falo
isso com ciência de causa, as greves na educação, nunca conseguem mobilizar a
sociedade e muito menos toda a categoria a seu favor. E nem podemos atribuir isso a ação de governo nenhum,
mas a própria consciência de cada profissional, das
quais as causas podem estar nas várias
razões que podemos citar:
Hoje estamos presenciando os caminheiros
que talvez nunca tenham se encontrados na vida toda, unidos por uma única causa,
enquanto numa mesma escola não se consegue unanimidade para uma paralisação;
Em nenhum momento foi visto
faixas ou bandeiras estampadas em caminhões
promovendo centrais sindicais ou partidos políticos, enquanto numa simples assembleia realizada por representantes dos professores ecoam os gritos de guerra e um
bandeiraço que parece mais convenções partidárias;
Nenhum caminhoneiro está preocupado
em ocupar cargo de confiança em qualquer governo, enquanto na educação o grupo
se divide em “meu governador” ou “meu prefeito” para almejarem propícios benefícios
futuros ou participação nas gestões;
Os caminhoneiros em greve, paralisaram
as atividades e permanecem em mobilização 24 horas por dia. No caso dos professores,
em sua grande maioria, período de greve é momento de prolongamento de férias, ficam em casa simplesmente esperando o tempo em que o governo e sindicato se
posicionam para retornarem as atividades;
Provavelmente não temos, ou em números
muito reduzidos, caminhoneiros com graduação, especialização, mestrado, doutorado,
com formação académica, mas com muito mais qualificação de vida de que todos
esses títulos juntos em um só pessoa e nesse aspecto vale o sentido da luta
pela sobrevivência muito mais que as ideologias entranhadas em pensamentos de
filósofos em suas teorias constituídas em vivências de séculos passados mas seguidos as “cegas” por “discípulos’ desenfreados.
Bem, esse post teria muito mais
linhas e parágrafos, mas estes itens citados são suficientes para
identificarmos as fragilidades que temos na educação.
Como profissional, nós
professores, deveríamos ser exaltados por ser o profissional responsável por formar
todas as demais profissões. Como categoria, da qual me incluo, somos uma
vergonha, submissos a sindicatos ligados a centrais e partidos políticos.
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