Nada muda: Câmara rejeita mudar sistema eleitoral atual para o ‘distritão’Câmara rejeita mudar sistema eleitoral atual para o ‘distritão’...
A Câmara dos Deputados rejeitou
nesta terça-feira (19) a proposta que transformava o atual sistema eleitoral no
“distritão” em 2018 e no “distrital misto”, em 2022. A mudança valeria para
escolha de deputados e vereadores.
Pelas regras atuais, deputados
federais, estaduais e vereadores são eleitos no modelo proporcional com lista
aberta. A eleição passa por um cálculo que leva em conta os votos válidos no candidato
e no partido. Esse cálculo chama quociente eleitoral. O modelo permite que os
partidos se juntem em coligações.
Pelo cálculo do quociente, é
definido o número de vagas que cada coligação terá a direito, elegendo-se,
portanto, os mais votados das coligações.
Pelo “distritão”, cada cidade ou
estado passaria a ser considerado um distrito e seriam eleitos os candidatos a
vereador e a deputado que recebessem mais votos.
Após meses de negociações, o
texto foi colocado em votação no plenário nesta terça mesmo sem consenso entre
as legendas. Na semana passada, a proposta chegou a ser discutida, mas a sessão
foi encerrada já na madrugada por falta de quórum.
Os líderes partidários da Câmara
decidiram nesta terça colocar o texto em votação novamente, mesmo sem consenso,
com o objetivo de encerrar as discussões sobre o tema fosse com a aprovação ou
rejeição da proposta.
A proposta teve o apoio de PMDB,
PP, PTdoB, PSDB, PSD, DEM, Pode e SD. Partidos como PT, PR, PSB, PRB, PDT, PTB,
PROS, PSL, PCdoB, PPS, PHS, PV, PSOL e PEN orientaram as bancadas a votar
contra o texto.
Fundo Eleitoral
A Proposta de Emenda à
Constituição discutida nesta terça também cria um fundo eleitoral para
financiar campanhas eleitorais. Mas, como os deputados decidiram fatiar a
votação da PEC, analisando item por item, o trecho sobre o fundo não será
analisado nesta terça.
A estratégia dos partidos é
incluir esse fundo em um projeto de lei comum, cuja tramitação é mais rápida.
A
expectativa é que esse novo texto seja votado já nos próximos dias.
Os parlamentares têm pressa
porque, para as mudanças podem valer nas eleições de 2018, têm de ser aprovados
até um ano antes das eleições, ou seja, até 6 de outubro.
Comentários
Postar um comentário