Mães de crianças com microcefalia se
reuniram em um protesto realizado em Natal, nesta segunda-feira (7), para
reclamar das falhas no atendimento aos pacientes da doença. Elas reclamam das
recorrentes interrupções do atendimento médico por causa das greves dos
servidores públicos, e também da falta de medicamentos na Unidade Central de
Agentes Terapêuticos (Unicat).
A dona de casa
Valdenice Almeida, mãe da menina Vitória, portadora da doença, diz que parte do
tratamento da filha, a fisioterapia e terapia da visão, está prejudicado em
virtude das paralisações. “Agora já faz um mês que tá em greve o CRI (Centro de
Reabilitação Infantil”, reclama.
As mulheres,
carregando os filhos, se juntaram em frente a Governadoria do Estado, no Centro
Administrativo, para pedir melhorias na oferta de tratamento por parte do
Estado. No que diz respeito aos remédios, as mães de crianças com microcefalia
reclamam da falta de medicamentos fornecidos gratuitamente na Unicat para
controlar as crises convulsivas das crianças. Segundo elas, o remédio está em
falta há nove meses. Nas farmácias, o medicamento, que dura menos de um mês,
custa R$ 300.
“Dizem que está
em falta e não tem nem previsão de chegar”, é o que afirma a dona de casa Érica
Santos, mãe de uma paciente, sobre o que informam os servidores da Unicat a
respeito dos remédios. Érica afirma ainda que precisa retirar dinheiro do benefício
da filha para arcar com a despesa.
Em nota, a
Unidade Central de Agentes Terapêuticos informou que está em andamento um
processo emergencial para aquisição dos medicamentos. Em relação à greve dos
servidores, que durou mais de um mês, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap)
disse que a paralisação terminou na sexta-feira (4).
Fonte e texto: G1-RN
Comentários
Postar um comentário