O ex-ministro Henrique Alves (PMDB)
usou pelo menos R$ 11 milhões para comprar apoio político nos dois turnos da
campanha para governador do Rio Grande do Norte, em 2014. A informação está na
delação do empresário Fred Queiroz, preso na Operação Manus, deflagrada no dia
6 de junho. A investigação apurava fraudes de R$ 77 milhões na construção da
Arena das Dunas. Henrique Alves segue preso em Natal.
De acordo com a delação, no dia
28 de setembro o assessor pessoal do ex-ministro, José Geraldo, teria ido até
um hotel na Via Costeira, em Natal, para receber um montante entre R$ 5 e R$ 7
milhões 'provenientes da pessoa de Joesley'. O dinheiro foi entregue por um
casal que chegou a Natal em um avião particular e cujos nomes foram repassados
pelo publicitário Arturo Arruda, que trabalhava na captação de recursos para a
campanha. Segundo Fred Queiroz, o valor não foi declarado na prestação de
contas à Justiça Eleitoral.
O dinheiro foi levado dentro de
uma mala para a casa da sogra do assessor. No dia seguinte, o coordenador da
campanha no interior, Benes Leocádio, atual presidente da Federação dos
Municípios do Rio Grande do Norte, foi até a residência com uma relação de
pessoas que seriam beneficiárias dos valores.
A matéria do Bom Dia RN da
Intertv desta quarta-feira, (30) apresentou trechos escritos da delação onde aparecem nomes de vários políticos
apontados por Queiroz como beneficiários da propina.
Neste documento exposto no telejornal o nome do
ex-prefeito de Nova Cruz, Flávio Azevedo (ver grifo) é citado pelo delator.
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