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Cuidado com os erros: ganha a eleição quem erra menos...

Francisco Ferraz
Publicado em: 26/07/2016


Erros de campanha ocupam uma posição aparte e muito especial, na galeria dos erros políticos. Isto se deve ao fato de que eles ocorrem em circunstâncias muito peculiares:

1. São erros cometidos em público;
2. Ocorrem dentro de um processo intensamente competitivo;
3. São explorados, amplificados e exacerbados pelos adversários e pela mídia;
4. O autor do erro tem um período muito curto de tempo para corrigi-lo. Dependendo da fase da campanha em que ocorrer, este período pode ser de dias;
5. O ambiente tenso e nervoso típico da campanha, não favorece um tratamento equilibrado e objetivo do problema;
6. O erro do candidato na campanha é avaliado sempre em relação ao cargo em disputa, é visto como um indicador do grau de qualificação do candidato para a função que pleiteia;
7. Corrigir ou minimizar os efeitos do erro, com a campanha em curso, implica em perda de tempo, comprometimento dos planos, e desvio do foco da candidatura;
8. O erro de campanha empurra o candidato para uma posição defensiva;
9. Grande parte dos erros de campanha é provocada por reações emocionais. Por isso, mesmo candidatos experientes, habituados aos altos postos, incidem neles, com tanta frequência.

Desta listagem, das principais características dos erros de campanha, já pode se perceber porque eles ocupam aquela posição singular na galeria dos erros políticos.

Outros erros, praticados fora do processo eleitoral normalmente, dão ao político tempo necessário para a sua recuperação. Embora também ocorram dentro de um processo competitivo, este, nem de longe se assemelha à intensidade da competição eleitoral. Por fim o ambiente em que ocorrem, na maioria dos casos, permite abordá-los e tratá-los com maior objetividade e equilíbrio.

É por estas razões que se costuma dizer que “ganha a eleição quem erra menos”.

Podemos até citar alguns erros como sendo capitais para o êxito ou não no pleito:


1º - Subestimar a necessidade de planejar a campanha;
2º - Não ter uma assessoria jurídica especializada;
3º - Prometer o que não poderá cumprir para angariar aliados;
4º - Subestimarem a força das redes sociais;
5º - Não organizar as finanças das campanhas;
6º - Não treinar equipes;
7º - Não realizar pesquisas eleitorais;
8º - Excesso de centralização.

Pelas mesmas razões, é aconselhável ao candidato, aprender com eles antes da campanha, para acautelar-se e saber evitá-los.

Assim sendo, a preparação para a campanha deve incluir um estudo minucioso dos erros mais comuns que são praticados pelos políticos. O “rol” destes erros constitui uma parte importante da sabedoria política, aplicada a situações eleitorais.

Não caia na tentação de imaginar que somente os outros podem cometê-los. A política corrente é farta em exemplos de erros como estes, cometidos por políticos da mais alta hierarquia, com indiscutível experiência e assessorados pelos profissionais mais qualificados.

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