Em meio ao cenário de epidemia do vírus Zika na América Latina e no Caribe, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) anunciou esta semana que vai transferir ao Brasil a tecnologia necessária para esterilizar machos do mosquito Aedes Aegypti em uma tentativa de controle populacional do vetor na região.
O equipamento será enviado para a biofábrica Moscamed Brasil, localizada na cidade de Juazeiro, região norte da Bahia. A instituição foi escolhida pela própria agência de energia nuclear das Nações Unidas e será a primeira biofábrica do mundo a utilizar a tecnologia de raios-x para esterilização de insetos e controle biológico de pragas.
Em entrevista à Agência Brasil, o
doutor em radioentomologia pelo Centro de Energia Nuclear Aplicada à
Agricultura da Universidade de São Paulo (USP) e diretor-presidente da
Moscamed, Jair Virgínio, explicou que a chegada de um irradiador gama de
cobalto-60 vai permitir à biofábrica a produção de até 12 milhões de machos
estéreis do Aedes aegypti por semana.
Uma vez superados os
procedimentos de desembaraço para a entrada do aparelho no país, sobretudo no
que diz respeito às normas técnicas para equipamentos nucleares, a expectativa
é que a produção em larga escala de machos estéreis seja iniciada até setembro.
Já a liberação dos mosquitos está prevista para começar até o final do ano –
inicialmente, em municípios com até 30 mil habitantes.
Fonte: Agência Brasil
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