Luís Roberto Barroso passou a
fazer parte do Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2013. Em pouco mais
de dois anos na mais alta Corte do Brasil, o ministro marcou posição como
aquele com o perfil mais alinhado ao empoderamento dos mais pobres ou aos normalmente
relegados pela Justiça brasileira. Ao iG, ele afirma: "Continua a ser mais
fácil prender um menino com 100 gramas de maconha do que prender um empresário
ou um político que tenha dado um golpe de 10 milhões. O sistema foi feito para
pegar pobre.
Mais recentemente, Barroso se destacou dos colegas do STF ao
fazer uma defesa honesta e precisa sobre o uso da maconha. Foi claro nas
palavras, recheou a justificativa de exemplos e alertou para a necessidade de
haver regras mais claras que diferenciem o usuário do traficante. Durante o
julgamento no Supremo, o nome e as frases do ministro se multiplicaram nas
redes sociais.
Foi polêmico também quando
Barroso defendeu o direito ao aborto no caso de um feto anencéfalo. Os
religiosos condenaram sua opinião. Nesta entrevista ao iG, o ministro reforça o
ponto de vista: "A criminalização do aborto é um equívoco, uma
perversidade que penaliza de forma dramática sobretudo as mulheres pobres que
não têm acesso a clínicas e a medicamentos."
Foi assim também ao avaliar os
impactos da Operação Lava Jato no Judiciário, ao criticar as tentativas de
atrelar o País a uma pauta conservadora e ao falar sobre os riscos de
impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Fonte: IG
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