Atrair o PSB de volta para a base
do governo será o próximo passo a ser seguido pela articulação política do
Planalto, preocupada, principalmente, em formar maioria na Câmara e no Senado,
contra os pedidos de impeachment de presidente Dilma Rousseff.
No último mês, Dilma enviou
emissários ao partido, antes da reforma, e até sinalizou com um ministério em
articulação com os três governadores do partido, Rodrigo Rollemberg (DF),
Reinado Coutinho (PB) e Paulo Câmara (PE), recebidos no Planalto pela presidente.
A investida com o cargo, no
entanto, não foi eficiente para trazer os socialistas. O governo, agora, aposta
agora nas conversas sobre a eminência de um “golpe da direita” e quer contar
com os votos do partido contra um eventual processo de impeachment.
A bancada do partido na Câmara
cogita a reaproximação. O líder, deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (PE),
chamou os deputados para um café da manhã, nesta quarta-feira (7), fora da
Câmara, para discutir os rumos da bancada. A reaproximação com o governo é um
dos principais assuntos a ser tratado.
Integrantes da bancada defendem
um “reposicionamento” do partido, agora, contra o impeachment para uma eventual
“conversa futura” com o governo.
O líder do partido na Câmara tem
sido uma interlocução importante. Ele é filho do ex-ministro Fernando Bezerra,
que ocupou a pasta de Integração Nacional no primeiro mandato de Dilma,
indicado pelo então presidente do partido Eduardo Campos, que foi candidato a
presidência em 2014 e morreu em um acidente de avião.
O PSB rompeu com o governo em
2013 para lançar a campanha de Campos. Na época, o partido contou com
dissidências importantes como a dos irmãos Cid e Ciro Gomes, que levaram com
eles, para o PROS, todo partido organizado no Ceará.
Já a direção do partido é
contrária à reaproximação, no entanto, tem pouca influência sobre a bancada. O
presidente da legenda, Carlos Siqueira, mantém o discurso de que o partido
busca uma linha de “centro esquerda” e de “independência”. Já a bancada, nas
contas do Planalto, tem pelo menos 18, de seus 31 deputados a favor de Dilma.
Fonte: ultimosegundo
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