O governo avalia que Eduardo
Cunha está chamando a presidente Dilma Rousseff e o PT para briga. No entanto,
um ministro diz que o governo evitará um choque com o presidente da Câmara.
Será mantido o discurso que tem
sido feito publicamente pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ou
seja: não devem ser feitos prejulgamentos, todos os acusados têm o direito de
se defender e todas as acusações devem ser apuradas. Em resumo, Dilma vai
evitar, ao máximo, entrar em conflito com Cunha (PMDB-RJ).
O peemedebista se diz vítima de
um complô. É uma teoria que não se sustenta nos fatos, porque o próprio PT e o
governo sofrem danos com a Lava Jato.
Dificilmente o PMDB como um todo
acompanhará Cunha num eventual rompimento com o governo. Peemedebistas já
diziam ontem que Cunha precisa se defender rapidamente para não se enfraquecer
ainda mais.
A delação de Júlio Camargo mina a
força Cunha como presidente da Câmara. Ontem, ele conversou com outros
peemedebistas e se mostrou muito irritado. Peemedebistas avaliam que uma
escalada da parte de Cunha pode levá-lo a um beco sem saída, fazendo com que
perca apoio da bancada do PMDB na Câmara e dos demais deputados.
Um desses peemedebistas lembrava
que o presidente do Senado, Renan Calheiros, radicalizou tanto na articulação
para barrar a indicação de Luiz Edson Fachin para o STF (Supremo Tribunal
Federal) que senadores do PMDB se afastaram dele. Portanto, o melhor caminho
para Eduardo Cunha é se defender rapidamente.
Publicação: Blog do Kennedy
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