De todo o corpo humano, o órgão mais intrigante é o cérebro. Inacessível, complexo, detentor da personalidade e centro do conhecimento, ele é uma máquina funcional formada por 86 bilhões de neurônios, que se comunicam entre si por meio de sinapses para fazer a engrenagem funcionar de forma perfeita. Como toda máquina, o cérebro necessita de ajustes para a execução das mais diversas atividades. Mas, ao contrário delas, ele não está sujeito ao desgaste do tempo como a ciência afirmava anteriormente.
Uma série de pesquisas realizadas na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) sugere que o processo de envelhecimento não está, obrigatoriamente, associado à diminuição do número de neurônios. Pelo contrário, os trabalhos constataram que as células nervosas, em vez de se apagar com o processo de envelhecimento, se multiplicam.
A teoria da morte inexorável dos neurônios foi seriamente contestada, em 1984, por H. Haug, da Universidade de Lübeck, na Alemanha. Depois de estudar 120 cérebros humanos, Haug observou que o tecido cerebral encolhia quando cortado e corado para os exames de rotina no microscópio. E que o tecido jovem encolhia ainda mais do que o velho. Com isso, ele pôde contestar pesquisas anteriores. Afinal, nas lâminas de tecido cerebral infantil, mais retrátil, as células nervosas apareceriam mais próximas, concentradas. No velho, menos retrátil, os neurônios estariam mais separados. Portanto, a densidade seria menor. A tese explicaria também o número expressivo de pessoas idosas ainda lúcidas.
Fonte: dnoline
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