
Em entrevista publicada em seu blog, o senador José Agripino fala sobre os possíveis candidatos ao governo do RN e faz críticas a Lula e Wilma.
Em 2010, o senhor participa de mais um pleito eleitoral. O que há de novo em cada eleição e o que é comum em cada processo?
Na eleição de governador há um fato novo: não há candidatura à reeleição. Então, não haverá nenhum dos ex-governadores como Wilma, José Agripino, Garibaldi, Geraldo Melo, Lavoisier… São todos candidatos novos. O eleitor vai identificar claramente essas novidades no âmbito estadual, com concorrentes novos e outros mais velhos na política, mas que nunca disputaram o cargo de governador.
O senhor acha que o Governo Federal promete ao Rio Grande do Norte recursos que já sabe que não vai cumprir?
Eu denuncio o descompromisso do presidente Lula com aquilo que ele veio anunciar e tomar compromisso com datas. A nossa obrigação é cobrar os compromissos e aquilo que foi prometido pelo Governo Federal.
Algumas pessoas acham que o senhor é contra o Bolsa Família. Isso é verdade?
Muito ao contrário, eu aplaudo o Bolsa Família, assim como fui a favor do Bolsa Escola, do Vale Gás e de todos os programas iniciados no governo de Fernando Henrique Cardoso e que, com sabedoria, o presidente da República continuou e até aumentou o seu valor e o número de alistados. Porém, é preciso que o governo ofereça uma porta de saída às pessoas alistadas no Bolsa Família. Elas adquirem poder de compra com a ajuda financeira que recebem, mas continuam apenas alistadas no programa. É preciso que os beneficiados aprendam uma profissão, que seja dada uma oportunidade de trabalho e, a partir disso, eles se sintam estimulados a ter numa profissão o seu sustento e dignidade.
Qual a avaliação que o senhor faz dos dois mandatos da governadora Wilma de Faria?
O primeiro governo de Wilma foi, de certa forma, operoso. Já o segundo, está marcado por promessas não cumpridas e, até hoje, um governo que não disse a que veio.
Então, qual é a maior fragilidade da governadora nestes sete anos de gestão?
No segundo governo, o Estado caminhou para trás, principalmente nas áreas de segurança e saúde.
O senhor acha que ainda dá tempo de Wilma de Faria reparar alguns danos substanciais que travam sua gestão?
Quem não fez em sete anos não fará em quatro meses.
A governadora Wilma de Faria sairá em maio para disputar uma vaga ao Senado. O vice-governador Iberê Ferreira assumirá o cargo, mas já fala como governador. O senhor acha que, atualmente, o RN tem dois governadores?
O governo de Wilma acabou há meses, faz muito tempo que o governador é Iberê. Quem quiser saber como será sua gestão, basta avaliar este período.
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